50 anos Província de Santa Maria

No dia 21 de outubro, a Casa Provincial da Província de Santa Maria, em Fátima, encheu-se de Irmãs, ansiosas pelo momento de encontro e celebração. Choveram as boas vindas, os abraços, as exclamações de alegria… O motivo que nos reunia era o dar graças a Deus pelos 50 anos da Ereção Canónica da Província de Santa Maria.

Portanto, convidadas e conduzidas a uma tenda acolhedora, fomos mimoseadas com uma coreografia cheia de cor, beleza e alegria, preparada por alunas do Colégio Conciliar de Maria Imaculada, Leiria. Através dela, fomos convidadas a levantar-nos e a continuar a fazer o bem.

Além disso, seguiram-se umas breves e sentidas palavras da Irmã Maria Norberta Pereira Neves, Superiora Provincial, que manifestou a sua alegria por este encontro de família, reunida para celebrar 50 anos de vida e missão.

Notas sobre hospitalidade

Dirigiu-nos, depois, a palavra o Padre José Frazão Correia, SJ. que nos trouxe algumas notas sobre hospitalidade que, hoje, pode ter o no-me de inclusão. E fez-nos a pergunta: “Incluímos todos, todos, todos? É preciso mais coragem para acolher do que para excluir. Deixou-nos também a ideia de que a hospitalidade é uma forma de fraqueza fecunda. Expomo-nos à crítica; porém, se com o outro pode vir a ameaça (a morte a nós mesmos e à vontade de ser o centro), com o outro vem a vi-da e o convite de Deus a entrar no Reino dos Céus”. Referiu também que a hospitalidade é uma forma de pobreza e de liberdade.

Portanto, despimos-nos das nossas posses para ser fraternos, imagem de Deus que a todos acolhe. Lembrou o teólogo que identifica a santidade de Jesus em dois grandes traços: hospitalidade e desprendimento de si. Jesus vive desprendido de si, aberto às relações que o caminho vai fazendo acontecer, é facilitador da graça surpreendente e inédita que esses encontros podem gerar em favor daqueles que encontra e que, de algum modo, estão limitados na vida. Finalizou, referindo que talvez a prática da hospitalidade peça, hoje, não apenas a disponibilidade para abrir a porta a quem bata de fora, o que já seria bastante, mas também o risco de sair e de ir ao encontro da complexidade da realidade humana.

Abriu-se, depois, às perguntas das Irmãs o que possibilitou um diálogo sobre as várias nuances da hospitalidade e os seus desafios.

Refeição, sabor e alegria

Subimos depois à “sala de cima”, onde nos esperava uma refeição que partilhamos entre todas. Aproveitamos para estreitar os nossos laços fraternos, conversar sobre a missão e saborear a alegria de estarmos juntas.
Demos graças ao Senhor, depois deste momento, com a Eucaristia. As lindas vozes do grupo coral, os cânticos bem cantados, a dança das Irmãs, ajudadas pelo ritmo do tambor e as letras vibrantes das várias línguas africanas, as preces por cada uma das Irmãs que constituem a Província, a belíssima encenação do Magnificat, unidas às vozes e sentimentos das Irmãs foram um hino de louvor e gratidão ao nosso Deus por tanta maravilha que fez, faz e fará nas nossas vidas.

Quanta graça o Senhor nos concedeu com este encontro de família!